sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Casas Assombradas

MANSÃO WINCHESTER

Tudo começou quando em 1862, Sarah Pardee casou-se com o empresário William Wirt Winchester, filho do fabricante dos Rifles Winchester. William morreu em 1881, e um temor incontrolável tomou conta de Sarah. Barulhos ocorriam dias e noites seguidamente
Sarah resolve procurar ajuda em um centro espírita em Boston para descobrir o que estava acontecendo e a médium diz que seu marido estava rodeado dos espíritos de pessoas que foram mortas pelos Rifles Winchester. Assim, ela deveria construir quartos para que os espíritos de luz permanecessem na casa, proporcionado a paz para que os barulhos cessassem. Mas nada disso aconteceu, os barulhos continuavam a atormentar Sarah, que resolve construir a casa até o fim de sua vida, foram mais de 38 anos construindo corredores tortuosos, um labirinto de escadas e portas levando a lugar nenhum, que foram projetadas para confundir os fantasmas dos espíritos malignos. Sarah viveu reclusa durante vinte e dois anos e morreu em 1922, aos 85 anos.
Atualmente a casa abrange quase 2,5 hectares de área paisagística, possui 160 quartos (inicialmente tinha somente 8!), 47 lareiras, 13 banheiros, 52 clarabóias e quase 10.000 janelas! Apenas a morte de Sarah em 1922 interrompeu a construção. Ela gastou quase 5,5 milhões de dólares, e hoje, em valores atuais, é equivalente a 53 milhões de dólares. Mansão Winchester, Casa Winchester, Sarah Winchester, Rifles Winchester, Casas mal-assombradas, Winchester
O aposento mais misterioso da casa é o quarto azul, que é onde Sarah conduzia as suas sessões espíritas particulares. Ninguém pôs os pés neste quarto enquanto ela era viva. Alguns crêem que o quarto é uma passagem para os visitantes de outra dimensão. Mansão Winchester, Casa Winchester, Sarah Winchester, Rifles Winchester, Casas mal-assombradas, Winchester
Hoje, ninguém mora na casa, mas ela esta aberta aos turistas que quiserem visitá-la. Ainda hoje, dizem ser comum ver aparições de mortos. Algumas pessoas dizem que Sarah Winchester ainda caminha pelos corredores. Mansão Winchester, Casa Winchester, Sarah Winchester, Rifles Winchester, Casas mal-assombradas, Winchester
Shara Smith trabalha na casa e a primeira vez que ficou sozinha, entrou em um dos quartos fechados. “A porta se fechou atrás de mim e deu para sentir uma enorme pressão lá dentro, parecia que as paredes se aproximavam. Eu quis sair de lá o mais depressa possível.” Diz Shara. Mansão Winchester, Casa Winchester, Sarah Winchester, Rifles Winchester, Casas mal-assombradas, Winchester
Dois funcionários que trabalham hoje na casa, Jonh e Jack Sttubert, concordam que o quarto é uma passagem para o outro mundo. “Eu me virei, olhei para o corredor e vi um homem parado lá. Então ele desapareceu e eu desci para ver se havia alguém na casa, mas não havia ninguém lá. Nunca acreditei em espíritos, fantasmas ou qualquer coisa assim, mas agora eu acredito que aja uma coisa nesta casa.” Conta Jack.
Existem algumas curiosidades na mansão de Sarah (localizada em San José - Califórnia): uma escada que acaba no teto; entradas (portas) altas para fantasmas maiores e portas estreitas para fantasmas pequenos; uma escadaria em ziguezague com sete desvios e quarenta e quatro degraus, onde chega-se ao topo subindo três metros.Para completar, existe uma porta que se abre para um vão cuja queda corresponderia a dois andares 




CASA DE AMITYVILLE



Em Junho de 1965, o Sr. Ronald DeFeo adquiriu a casa nº 112 na rua Ocean Avenue. Era uma casa linda, com uma arquitectura ao estilo Holandês, bastante espaçosa e com uma casa de barcos, um anexo com ligação ao rio.


Parecia o Sonho Americano: uma casa de sonho, família feliz e muito dinheiro para gastar.
Os DeFeo até colocaram uma tableta em frente á sua casa onde se podia ler ”Grandes Esperanças”, como que um símbolo da fortuna da família.

(letreiro de Amityville)

No dia 13 de Novembro de 1974 enquanto toda a família dormia nos seus quartos, Ronald "Butch" Júnior estava vendo televisão no segundo piso, quando se levantou e pegou na sua carabina 


Dirigiu-se primeiro ao quarto de seus pais e disparou dois tiros contra o seu pai Ronald DeFeo e seguidamente disparou mais dois tiros contra a sua mãe Louise.

(os pais de "Butch mortos)

De seguida matou os seus dois irmãos John e Marc e posteriormente também as suas duas irmãs Dawn e Allison.




(John DeFeo .. 9 anos)

(corpo de Marc DeFeo.. 12 anos)
 e a cadeira de rodas que usava temporariamente devido a uma lesão recente causada ao jogar futebol.
Infelizmente a fotografia ficou sobreposta com uma outra tirada a um dos detetives da policia.

(Dawn DeFeo .. 18 anos)
(Allison DeFeo.. 13 anos)

Corpos sendo retirados da casa:



Ronald "Butch" Jr fugiu depois de cometer os crimes, desfazendo-se das caixas das balas e da bolsa almofadada da carabina numa sarjeta de outra rua nos arredores. Ele, tentando descartar qualquer culpa pelos assassinatos, dirigiu-se para um bar na área para pedir ajuda dizendo aos seus amigos lá presentes  que talvez os seu pais tivessem mortos. Ele acompanhado dos amigos voltaram à casa de onde um deles efetuou um telefonema para a polícia a relatar o sucedido.



(Sarjeta onde foram encontradas provas do crime)



Quando a polícia chegou ao local do crime, foram encontrados 6 corpos, todos nas suas camas e todos na mesma posição: de barriga para baixo.


Mais tarde em julgamento, "Butch" viria a confessar os crimes: "Começou tudo muito rápido. Assim que comecei, não consegui parar. Foi tudo muito rápido".
Quando lhe perguntaram porque cometeu ele tamanha atrocidade ele adiantou: "Eu não matei a minha família, eles iam matar-me. O que eu fiz foi em auto-defesa e não há nada de errado com isso. Quando tenho uma arma na mão, não há duvida nenhuma sobre quem eu sou. Eu sou Deus".

Funeral dos DeFeo :






Depois do trágico acontecimento, em Dezembro de 1975, George e Kathleen Lutz e os seus 3 filhos mudam-se para o número 112 da Ocean Avenue. Eles foram avisados dos crimes que ali ocorreram, no entanto não se sentiram incomodados.
Apenas chamaram um padre da igreja católica para benzer a casa. No decorrer da benção, num dos quartos o padre ouviu uma voz dizendo-lhe "vai-te embora", mas para não amedrontar a família, não lhes contou esse acontecimento macabro, no entanto disse-lhes para não usarem aquele quarto pois tinha sentido algo de estranho lá.
No entanto coisas estranhas começam a ocorrer e eles abandonam a casa apenas 28 dias depois de se terem mudado, deixando tudo para trás.



Embora "Butch" tenha sido condenado a 6 penas consecutivas de 25 anos de prisão acusado de 6 crimes em segundo grau, muitas questões se mantêm sobre o que realmente aconteceu naquela noite
Porque não fugiram as crianças quando ouviram os primeiros tiros? Porque motivo foram todas as vítimas encontradas na mesma posição? Ter-lhes-ão ordenado que ficassem de barriga para baixo? Os peritos puseram de parte a teoria de que eles teriam sido assassinados noutro local e depois colocados naquela posição. Porque razão não ouviram os vizinhos os tiros?

O barulho de uma carabina daquelas é bastante alto e pode ser ouvido a mais de um kilômetro  e meio de distancia, no entanto a única coisa que um dos vizinhos afirma ter ouvido naquela noite foi o cão da família a ladrar.
Ficou ainda provado que não foi utilizado qualquer tipo de silenciador na carabina de modo a abafar o ruído. As autópsias revelaram ainda que as vítimas não estavam sobre o efeito de qualquer tipo de drogas ou substancia que favorecesse os assassínios.
Atualmente "Bucth" continua a cumprir pena na prisão de Green Haven em Nova York e sempre lhe foi negada a saída em liberdade condicional. Ainda assim, mesmo quando questionado, ele continua a alterar a sua história dos factos ao longo dos anos, deixando assim um mistério no ar.
Uma outra versão dos factos é que a sua irmã Dawn estaria envolvida no crime.
Nesta versão, "Butch" e Down teriam combinado matar seus pais, mas para que não houvesse testemunhas  ela acabou por matar também as crianças e que "Butch" ao aperceber-se disso, deu-lhe uma pancada na cabeça e matou-a posteriormente com um tiro de carabina.
Nos relatórios da investigação policial  ficou anotado que Dawn tinha vestígios de pólvora na sua roupa, o que indica que ela disparou uma arma naquela noite. Como nota adicional, consta ainda que "Butch" e Dawn praticavam incesto.
Provavelmente nunca saberemos toda a verdade sobre o que se passou naquela casa na noite de 13 de Dezembro de 1974...A casa foi entretanto modificada, uma das modificações mais evidentes foi o formato das janelas do piso superior. O número da porta foi também alterado.




FOTOGRAFIAS:
(Os DeFeo)


(Allison e Dawn)

 (Marc e John)

(Em cima: John, Allison, Marc  Em baixo: Dawn, Ronald "Butch" Jr.)

(Ronald "Butch" Jr. atualmente)



quinta-feira, 6 de setembro de 2012

LENDAS URBANAS


A loira do banheiro



Conta a lenda que uma garota muito bonita de cabelos loiros com aproximadamente 15 anos sempre planejava maneiras de matar aula. Uma delas era ficar no banheiro da escola esperando o tempo passar. Porém um dia, um acidente terrível aconteceu. A loira escorregou no piso molhado do banheiro e bateu sua cabeça no chão. Ficou em coma e pouco tempo depois veio a morrer. Mesmo sem a permissão dos pais, os médicos fizeram autópsia na menina para saber a causa de sua morte. A menina não se conformou com seu fim trágico e prematuro. Sua alma não quis descansar em paz e passou a assombrar os banheiros das escolas. Outra versão conta que, há muito tempo atrás havia uma loira que tinha sido enforcada na sua escola. Depois de um ano, na mesma escola, jovens eram mortas no banheiro, e as vítimas que viram, disseram que havia uma loira que matava as jovens. Diz-se que ela é loira, alta e alva, vestida de branco, e com algodão em sua boca, nariz e ouvidos.



O taxista




Certo dia, um motorista de táxi rodava pela avenida José Bonifácio em frente ao cemitério Santa Izabel quando uma linda jovem fez sinal .

Ele parou e ela pegou o táxi. Eles deram uma volta na cidade e ele a trouxe de volta para o cemitério. Na hora de pagar, ela mandou que ele fosse receber na casa dos seus pais. Deu-lhe o endereço completo.
No dia seguinte, ele foi cobrar o dinheiro.encontrou a casa, bateu, um senhor veio recebê-lo. Ele disse que viera cobrar o dinheiro pela corrida de táxi que sua filha havia feito.
O senhor ficou todo desconfiado e disse que sua filha não tinha saído à noite.
O susto maior do pai foi quando o taxista deu o nome da moça e disse como ela era e como estava vestida.
O pai disse que não era possível, que a sua filha tinha morrido já a alguns anos.
-Será que errei de casa, diz o motorista.
Então o motorista começou a ver algumas fotos que estavam na parede e disse:
- É aquela moça.
O motorista saiu perplexo, quase louco, sem saber o que tinha acontecido na noite anterior.



Nunca disque o zero



Uma lenda urbana da cidade de Itambá dizia que a muitos anos existia uma antiga central telefônica onde um grave incidente acabou matando sete pessoas. Desde então, o número usado para fazer a discagem direta para o local, o 000, misteriosamente não foi cancelado, mas todos os que ligassem para tal número acabavam sendo assassinados pelos espíritos daqueles que se foram no local.
Adriano e seus amigos eram donos de um blog de horror chamado mistério que tem respostas, onde desvendavam mitos e lendas. Interessados no fato da cidade anunciaram no blog o que iriam fazer, ligando para o número ao vivo na twitcam. Já a noite haviam feito como o prometido, mas diante do fiasco da situação, já comentavam o resultado com os 72 mil seguidores assistindo o comentário bem humorado sobre o fracasso da lenda, até que a imagem simplesmente sumiu, e no áudio somente uma rouquidão existia, perdurando este fato por cerca de 1 minuto, até a imagem voltar e os mais de setenta mil espectadores virem os meninos com o pescoço roxo e de olhos revirados, enquanto uma mão deformada apareceu de relance e sombras estranhas estampavam a parede branca.


" A Lenda do Sim "

:: Na rua deserta e umedecida pela fina garoa que caía, caminhava a passos largos o homem franzino conhecido como T. Sua pressa tinha um único motivo, não queria perder de forma alguma o jogo do Knicks, torcedor fanático que era. Fez o serviço com a destreza habitual já conhecida por seus clientes que o contratavam a peso de ouro, pagamento adiantado como de praxe, problema algum para quem escolhia um homem com tanto respeito no submundo. No caminho gabava-se de quão bom era, a encomenda fora mais fácil que pensava. Não havia motivo para tanta preparação para apagar Andy Baley, um burguesinho de merda metido em dívida de drogas. É claro que a coleta que tinha com as prostitutas de luxo facilitava, conseguia informações valiosas, e suas vítimas eram pegas por seguir sempre o mesmo roteiro: jogar nos cassinos, se entupir de drogas e depois trepar com algumas garotas em um hotel qualquer. Riu, ao lembrar-se do idiota se borrando todo, com a 45 enfiada até o talo na garganta. E a arma ainda quente, lhe aquecia confortavelmente a perna. Ao quebrar o primeiro quarteirão, deparou-se com alguns mendigos amontoados no beco, tentando vencer o frio com uma pequena fogueira. Passou sem ser molestado, o povo da rua conhece o perigo de longe, fareja a morte iminente como um cão ao seu alimento. Mas antes que pudesse deixar para trás o cheiro fétido e nauseante do local, teve seu braço segurado. Os dedos coçaram para sacar sua arma, mas se conteve e apenas com um movimento brusco puxou aquele que o abordara ao encontro dos punhos. Seus músculos relaxaram ao ver que era apenas uma velha, imunda e maltrapilha. - Não tem esmola hoje! - Na-Não quero esmolas moço. – disse a mulher pressionada no paredão gelado. – Quero apenas lhe dar um recado que o vento me trás. Ele riu. – Velha louca! Então conversa com o vento? Não seja tola! Hoje poderia ter sido seu último dia de vida. - Apenas escute a mensagem, moço. - Além de louca é burra? Não vê que ainda respira por pura benevolência minha? Tua sorte é que hoje estou sem tempo. Vá! Volte para o esgoto de onde veio. – disse ele batendo a cabeça dela contra a parede. A mulher, atordoada, saiu do caminho, mas antes que ele sumisse de vista, gritou: - Sim! Sim! A vontade dele era voltar e descarregar sua arma na cabeça da maldita mulher. Mas já era tarde e não podia perder o jogo. Seguiu para o metrô, que naquela altura estava completamente vazio. Sentou-se confortavelmente encostado na janela, duas estações e estaria enfim a poucos metros do bar onde freqüentava. Na parada da primeira estação entrou uma criança e sentou-se ao seu lado, T. estranhou ao ver o menino, o qual julgou ter no máximo dez anos, sozinho. - Garoto, não está fugindo de casa, está? O menino, branco como leite e trajado com um terno mal costurado, sequer olhou para ele. - Muito bem! Sua mãe deve ter lhe ensinado para não dar conversa a estranhos. Notando que o garoto não estava mesmo querendo papo, ou sofria de algum problema auditivo, virou-se para a janela. Sentiu um calafrio lhe percorrer a espinha, ao perceber que não havia no reflexo do vidro o pequeno companheiro de assento. Virou-se novamente para o menino e este com os olhos negros como a noite, berrou de forma descomunal. - SIMMMMMMMMMMMMMMMMMMM! Quase saltou do banco, e praguejou ao ver que estava sozinho no vagão. - Mas o menino, o menino... Foi tão real. Só podia ter cochilado... Mas fora tão real e tão... Tão... Assustador! Definitivamente aquela noite lhe parecia estranha. Queria chegar logo ao seu destino. Na saída do metrô, suas pernas ainda tremiam. – Porra, era só um garoto! Era só uma merda de pesadelo. Bruxa filha da puta, devia ter quebrado-lhe os dentes. Não! Não! Devia ter-lhe rachado a cabeça. No bar, enfim sentiu-se em casa, lá havia rostos familiares, por mais que T. fosse reservado, ali se soltava e trocava até algumas palavras com o balconista. Após o cumprimento amigável, foi servido com o velho Black Label de todas as noites, o gole desceu suave, seguido por um demorado trago no cigarro. E na tevê postada em um suporte no canto do bar, os Knicks entravam em quadra. Era um jogo decisivo, poderia levar seu time à tão sonhada decisão se passasse pelo Suns. Ele ficou tão preso ao jogo que pouco reparou (e foi o único no recinto que fizera isso) na loira de quase dois metros que adentrou no bar, trajando um tomara-que-caia preto. Mas essa não tirava os olhos dele, e com um gesto chamou o atendente do bar; este, após atendê-la, voltou ao balcão e sussurrou no ouvido de T: - Amigo, desculpe atrapalhar, mas creio que seja por um ótimo motivo, aquela loira maravilhosa que está sentada ali no canto, pediu que lhe entregasse este bilhete. Ele pegou o bilhete, e apenas sorriu discretamente. Tomou o resto do uísque que havia em seu copo, e o abriu. Dessa vez o gole pareceu travar na garganta tamanha a surpresa da mensagem. Em escrita bem consolidada apenas três letras recheavam o pequeno papel: SIM. T. virou-se para a mulher, e ela retribuiu com um largo sorriso. Intrigado, levantou e foi em sua direção, mas fora atrapalhado por alguns jovens que se amontoavam para ver o jogo. E nesse piscar de olhos a perdeu de vista. Olhou apressadamente por toda a parte, e mesmo os olhos treinados de um assassino frio e cruel não puderam localizá-la. Ela havia partido, e agora ele não estava delirando, se é que em algum momento estivera. O pequeno bilhete ainda estava em sua mão. Sentiu-se parte de uma brincadeira piegas, ou será... Será que alguém notou o seu pequeno serviço noturno? Estava confuso. E aquela situação atiçou seu nervosismo de tal modo, que fora meio que “sem prestar atenção em nada” para o banheiro. (Mantenha o controle. Mantenha o controle. Ninguém pode detê-lo. Você é o melhor no que faz. O melhor!) O pequeno banheiro do Massive’s Night, não era diferente dos banheiros de bares de qualquer subúrbio. A luz fosca amarelada dava um ar ainda mais sujo ao lugar, o cheiro de urina velha, misturada com um desinfetante barato qualquer, ardia nas narinas de qualquer um que ali adentrasse. Abriu sua calça e aliviou-se naquele mictório mal-cheiroso. Antes de lavar as mãos, retirou algumas folhas de papel toalha para cobrir sua mão. Não queria se contaminar com bactérias vindas de “paus sebosos”. Abriu a torneira e encheu as mãos, lavando em seguida o rosto, repetiu isso por duas vezes, e com os olhos fechados tateou o porta-toalhas. Enxugou o rosto com o papel, e quando abriu os olhos não viu apenas sua imagem. Além do seu reflexo, havia no espelho, escrito a dedo no vidro pouco embaçado, a palavra SIM. Passou as mãos sob a cabeça raspada, para enxugar as pequenas gotas repousadas, meteu a trava na porta e sacou sua pistola, antes de conferir se havia mais alguém ali. (Vocês não vão me pegar! Não vão! Estouro seus miolos antes que respirem, antes mesmo que possam piscar) Guardou sua arma novamente e saiu do banheiro. Desconfiando de todos que ali estavam, pagou sua conta, deu uma pequena conferida no jogo e saiu apressadamente. Sua cabeça estava a mil com tudo aquilo, e ele só queria ir para casa. Em sua mente uma voz estranha começou a sussurrar: SIM! SIM! SIM! SIM! Ele, no desespero, começou a andar mais e mais rápido, e aquela voz martelava em sua mente, em um ritmo cada vez maior. Ao passar em frente a uma loja de eletrônicos, teve a impressão de ver em todas as telas a mesma mensagem. Com o susto atravessou a avenida, e distraído não percebeu o Maverick azul que dobrara a esquina em alta velocidade, seu corpo fora atirado com brutalidade e seu sangue coloria de vermelho a calçada cinzenta. Estava consciente e sentia que não ia escapar com vida dali, pensou na ironia do destino, morrer de uma forma tão banal, pois, para um matador de aluguel como ele, morrer assim era quase uma humilhação. Quem o atropelou nem sequer parou para prestar socorro, e ele ficou ali, estirado por um longo tempo, sentindo a morte chegar lentamente. Tempo suficiente para ver sua vida passar como um filme, desde a infância até aquela noite, quando após subornar o zelador do hotel, entrou no quarto 105, e encontrou seu alvo completamente distraído na banheira, ele aguardava sua acompanhante. Mas mal sabia que essa, além de não aparecer havia lhe entregado para seu executor. - Serviço de quarto... – disse T. apontando a arma para Baley - Q-Quem é você? - Você deixou alguém muito, mas muito aborrecido garoto. - Mas.. - CALE A BOCA! CALE A MALDITA A BOCA, OK? (silêncio) - Isso, assim está bem melhor rapaz. Agora onde eu estava? Ah sim! Você deixou alguém muito aborrecido, e essa pessoa me pediu que viesse dizer isso a você. Mas, sabe como é, não sou muito bom com as palavras. - Na-Não pelo amor de d... - CALE-SE! – enfiando a arma na boca do rapaz – Não sou bom com as palavras, e vou resolver do meu jeito. Vou mandar você para o inferno. Quando chegar lá, pergunte ao diabo se tem um lugar para mim... Nas ruas, as pessoas começavam a chegar aos montes, gritando, se abraçando. Os fogos coloriam o céu. O Knicks havia vencido. Mas para T. isso não faria diferença... Era o fim da linha para ele. E a mensagem tão repetida naquela noite agora fazia sentido.